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VI

REUNIÃO

DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DE ARTE RUPESTRE

Sessões Temáticas

SESSÃO 1:  METODOLOGIA E DOCUMENTAÇÃO DA ARTE RUPESTRE

Um dos aspectos mais importantes no estudo da arte rupestre é a documentação. No Brasil, ainda são poucos os trabalhos que apresentam os métodos e as técnicas empregados na documentação deste tipo de vestígio arqueológico. Grande parte dos estudos publicados no país está voltada para a classificação, a terminologia, as definições crono-estilísticas, interpretações e comparações entre conjuntos gráficos. No entanto, a documentação é a base com a qual o pesquisador conta para proceder suas análises e deve, portanto, refletir ao máximo a realidade. O avanço tecnológico dos últimos anos tem criado possibilidades de documentação cada vez menos intrusivas e com maior precisão. Essa sessão tem por objetivo a apresentação de métodos e técnicas de documentação da arte rupestre e seus resultados.

Coordenadores: Edithe da Silva Pereira, Carlos Alberto Etchevarne e Fabiana Comerlato.

 

SESSÃO 2: TEORIAS E MÉTODOS DE ANÁLISE DA ARTE RUPESTRE

Os estudos de arte rupestre na atualidade vêm ganhando destaque e desdobramentos com os avanços da arqueologia e demais áreas correlatas, incluído desde aspectos tecnológicos e metodológicos para o tratamento de sua informação, até os fundamentos teóricos que permitem um novo tipo de abordagem do fenômeno rupestre, como por exemplo a simetria. A presente sessão temática tem por objetivo abordar as questões de "Teorias e métodos de análise da Arte Rupestre", desde os aportes mais tradicionais e usuais, até os mais inovadores, tanto de caráter teórico, metodológico ou técnico, que permitam extrapolar o nível descritivo deste tipo de fenômeno, até sua efetiva interpretação e compreensão.

Coordenadores: Carlos Xavier de Azevedo Netto, Sônia Maria Campelo Magalhães e Lizete Dias de Oliveira.

 

SESSÃO 3: CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE SÍTIOS DE ARTE RUPESTRE

A sessão será dedicada a apresentação e discussão sobre os diferentes problemas que agem nos sítios de arte rupestre, pintados ou gravados, devido ao longo tempo de exposição e ações naturais e antrópicas, as quais interferem na integridade dos painéis rupestres provocando alterações, desplacamentos, desagregação e até destruição. Serão apresentados exemplos de estudos de casos de trabalhos ligados a intervenção de conservação e preservação de sítios de arte rupestre realizados em diferentes sítios, ou seja, trabalhos ligados a intervenção de conservação e preservação de sítios de arte rupestre, dando prioridade aos que envolvem análises arqueométricas e ações de educação patrimonial.

Coordenadores: Maria Conceição Soares Meneses Lage, Weligton Lage e Jenilton Ferreira Santos.

 

SESSÃO 4: USO DO PATRIMÔNIO E A ARTE RUPESTRE

O objetivo desta sessão temática é apresentar trabalhos com reflexões direcionadas ao uso da arte rupestre enquanto patrimônio cultural, sua preservação, as legislações vigentes e, as diferentes formas de transmissão da importância desse patrimônio para as comunidades.

Coordenadores: Suely Cristina Albuquerque de Luna, Ana Cristina Nascimento e Jenilton Ferreira Santos.

 

 

SESSÃO 5: ARTE RUPESTRE E PAISAGEM: RELAÇÕES, PERSPECTIVAS E ABORDAGENS

Os estudos de arte rupestre têm sido, ao longo da última década, acompanhados pelo entendimento dos grafismos em relação aos locais em que estão inseridos: a  paisagem. Seja utilizando de perspectivas ligadas à fenomenologia ou percepção, à sensorialidade, à obtenção de recursos, as pesquisas passaram a considerar os elementos não-antrópicos do sítio e seu entorno como significativos nos processos de ocupação de sítios e regiões, nos quais a prática gráfica deixou seus vestígios. Neste sentido, essa sessão tem por objetivo abrigar trabalhos que tenham adotado perspectivas que englobam as noções e conceitos de paisagem no estudo dos grafismos rupestres. Abrem-se para tanto 3 eixos temáticos de interesse dentro desta sessão: a) arte rupestre e paisagem enquanto construção e expressão de sistemas de saber-poder; b) arte rupestre, paisagem e territórios; c) fenomenologia e percepção da paisagem a partir de vestígios gráficos rupestres.

Coordenadores: Marcelo Fagundes, Andrei Isnardis e Vanessa Linke.

 

SESSÃO 6:   PERSPECTIVAS MULTIVOCAIS NA ARTE RUPESTRE: RESSIGNIFICAÇÃO, ALTERIDADE E DESCOLONIZAÇÃO

Os sistemas de conhecimento indígenas e de populações tradicionais (como quilombolas, ribeirinhas e sertanejas), e mesmo parcelas das diversidades urbanas da população brasileira, seguem construindo suas próprias narrativas sobre arte rupestre, independentes do conhecimento arqueológico. Estas distintas narrativas consideradas 'populares’, 'etnográficas', 'tradicionais', 'folclóricas', ‘indígenas’, 'urbanas' sobre arte rupestre, objetos de interesse investigativo antropológico, e em alguns casos arqueológico, são o foco desta sessão. Dentro deste foco pretende-se explorar três eixos temáticos: a) Narrativa como Ressignificação do Passado, uma atualização histórica que constrói novo significado sobre um velho significante, ou como exercício de tradução de formas e conteúdos de um código simbólico para outro; b) Narrativa como alteridade, ou seja, como percepção e construção do outro, da diferença; e c) Narrativa como descolonização, isto é, como forma de combate e superação de condições históricas que usurparam (e usurpam) das outras formas narrativas o direito de existirem enquanto sistemas de conhecimento, com categorias epistemológicas próprias. Excetuando alguns padrões amazônicos de ressignificação indígena, conceitualmente complexos e antigos, podemos situar duas grandes categorias de entendimento: o intuitivo (popular) e o conceitual (científico). O primeiro atualiza os sítios arqueológicos e seus contextos no presente histórico, onde os leitores ou tradutores rompem com a redoma intransponível ou congelada da pré-história ou período pré-colonial. Deste modo, a arte rupestre é convidada a participar de um pleno processo de semiose, conduzido pela ressignificação de um passado arqueológico num presente antropológico e histórico, vivido pelas populações tradicionais e, com diferentes formas de ‘atualização’, pelas populações indígenas atuais. Assim, esta sessão pretende acolher trabalhos que apresentem, descrevam e/ou analisem diversas perspectivas multivocais, ou distintas modalidades de conhecimento (intuitivo, popular, indígena, conceitual, etc.) sobre Arte Rupestre no Brasil e em outras partes.

Coordenadores: Raoni Bernardo Maranhão Valle, Marcélia Marques e Vanessa Linke.

 

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